Direito Penal II Parte Geral



IMPUTABILIDADE PENAL

IMPUTABILIDADE =  Qualidade de que se é imputável, passível de imputação, conjunto de circunstâncias especiaisou de condições necessárias que demostram a existência  entre o delito e seu pressumivel  autor (Artigo CP 228 - artigos: 26 e 28)


IMPUTAR =  Atribuir a alguém responsabilidade por uma coisa; aplicar um pagamento a uma determinada dívida entre outras exustentes com o mesmo credor, dado que sejam todos da mesma natureza liquidas e vencidas, deduzir de um crédito determinada importância ou valor.



-Imputabilidade penal - menor de 18 anos

-Do curso do Agente - artigo 29, quando duas ou mais pessoas praticam um crime, infração penal.

-Das Penas:

-Penas privativas de liberdade
-Penas Alternativas
-Penas Peculiares

Artigo 59 - Importante dosidade da pena.

LEP - Lei de Execuções Penais. Lei No: 7210/1984

Da  suspensão condicional da Pena = SURCI

-> Livramento Condicional- É o cidadão que cumpre sua pena por bom comportamento.

-> Dos efeitos da condenação.

-> Medidas de segurança- É a pena que se aplica ao criminoso doente mental.
Detentiva = Recluso manicômio Juridíco
Segurança= Tratamento Ambulatorial.

-> Da ação Penal- É o meio formal de aplicar a Lei Penal. É o debate que é feito via ação Penal.É o mecanismo processual para aplicação da lei penal.

-> Causas Extintivas da Punibilidade- O Estado tem 20 anos para punir
-> Causas que impedem o Estado de aplicar a lei criminal.
* Caisa importamte -. PRESCRIÇÃO.
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CULPABILIDADE

1-) Requisitos Objetivos do crime:
- Fato típico (artigo 121)
- Anti-juridicidade (artigo 23)

2-) Requisitos Subjetivos do Crime:
Culpabilidade
- Ligada a pessoa, questão ligada ao ser humano, a sua conduta, concepção.

3-) Conceito da Culpabilidade:

4-) Natureza Jurídica

5-) Teorias sobre a Culpabilidade:
- Psicologica
- Psicológica normativa
- Normativa Pura

6-) Elementos de Culpabilidade:
-Imputabilidade
-Potencial Conhecimento do Ilícito
-Exigibilidade de Conduta Diversa

CONCEITO DE CULPABILIDADE
Culpabilidade é a possibilidade de reprovar o autor de um fato punível porque, de acordo com as circuntâncias completas, podia e deveria agir de modo diferente.

NATUREZA JURÍDICA DE CULPABILIDADE
Natureza Jurídica de Culpabilidade - Consiste um pressuposto da pena.

TEORIA PSICOLOGICA
Por esta teoria a Culpabilidade é um Liame (ligação) psicologico estabelicido entre a conduta e o resultado por meio de dolo ou da culpa.

TEORIA PSICOLOGICA NORMATIVA
Esta teoria exige DOLO. A culpa é a exigibilidade. E a Exigibilidade de conduta diversa.
*Dolo e aCulpa são elementos - fatos atipicos.

TEORIA NORMATIVA PURA
Por esta teoria a Culpabilidade é formada pela Imputabilidade, potencial conhecimento do ilícito (Ilegalidade da Conduta)  e exigibilidade de conduta diversa, nada tendo a ver com o DOLO ou a CULPA do agente.
*Não tem fato típico sem dolo ou a culpa. Para o agente ser punido ele tem que ser imputável.
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IMPUTABILIDADE

1-) CONCEITO
É a capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com este entendimento, podendo responder criminalmente pelo seus atos.

2-) CAUSAS EXCLUDENTES DA IMPUTABILIDADE
a-) Doença Mental
b-) Desemvolvimento Mental Incompleto
Ambos acima Menores de 18 anos e Silvícolas (Indios)

3-) SISTEMA DE AFERIÇÃO DA IMPUTABILIDADE
SISTEMA BIOLÓGICO: Por este sistema levasse em conta se o agente pe portador de alguma deficiência ou retardamento mental, não levando em consideração, se estas anomalias retiram a capacidade de auto determinação (menores de 18 anos).
SISTEMA PSICOLOGICO: Ao contrário do sistema biológico, o psicológico leva em conta se o agente no momento da ação tenha condições de conhecer o caráter ilícito de sua conduta.
SISTEMA BIO PSICOLOGICO: Este sistema é a conjulgação destes anteriores, exigindo para o reconhecimento da imputabilidade que a causa excludente da culpabilidade seja precista em lei,  e que no momento do crime, o agente não tinha condições de reconhecer o caráter ilícito de sua conduta.
As causas excludentes são aquelas previstas em lei.

4-) EMBRIAGUEZ - CONCEITO
Embriaguez é uma intoxicação aguda e transitória, causadas pelo alcool ou substancias de efeito analógico, podendo constituir causa excludente da Imputabilidade.
O Direito Penal só admite como causa excludente da Imputabilidade a embriaguez acidental, ou seja, mediante caso fortuito ou causa maior.
(Força maior- alguém faz com que a pessoa beba forçadamente)
(Caso Fortuito- Alguém que coloque algo na bebida sem que voce perceba)
(Crimes Omissivos- Mãe que se embriaga e não se alimenta, prejudicando o feto.)

Embriaguez Pré Ordenada = É aquela que o agente intencionalmente se embriaga para obter coragem para cometer um crime
(Artigo CP 61 - inciso 2: letra L)

5-) ESPÉCIES
Espécies de embriaguez =  DOLOSA   e CULPOSA

6-) FASES DA EMBRIAGUEZ: Excitação, depressão e sono.
CAUSAS DA EMBRIAGUEZ: A bebida faz com que as pessoas de má índole tenham comportamentos ruins, cometendo o crime, onde se aflora quem realmte é a pessoa.
Excitação - Euforia
Depressão ou leão- Fica valente
Sono

7-) Actio Libera em causa= Ação livres na causa.

8-) Paixão e Emoção (artigo 121)

Ex.: Artigo CP 26, 27, 28
       Artigo CP 228 - Induzir ou atrair alguem a prostituição ou outra forma de exploração sexual; habilitá-la, impedir.
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CONCURSO DE AGENTES (artigo 29)

1-) NOMENCLATURA

2-) ESPÉCIE DE AUTORES
Autor: É aquele que pratica atos executórios da conduta típica penal. Ex.: Aquele que desfere a faca em alguém.
Co-Autor: É aquele que auxilia materialmente a execução dos atos na figura típicva penal.Ex.: Aquele que segura a vítima para outra pessoa desferir a faca.
Participação ou Partícipe: É aquele que embora mão contribua materialmente para a prática dos atos de execução do crime, contribui intelectualmente para sua prática. Ex.: Amulher que contrata um jagunço para matar o marido. E se a mulher entregar a arma ao jagunço ela passa a ter participação material e intelectual.
A cogitação de um crime não é considerado pelo código Penal.

3-) PARTICIPAÇÃO ou PARTICIPE
Moral: É aquela apresentada pela instigação ou induzimento a prática de um crime (Artigo CP 122)
                                                                      É crime induzir alguém ao consumo de intorpecentes
Material: Ocorre quando o agente contribui materialmente para prática do ilícito.
Colateral: Ocorre quando duas pessoas praticam ato de execução do crime sem que haja concorrência ou ajuste de vontades. Ex.: A mulher quer matar o marido porque tem um amante. E a amante também queria. As duas no mesmo momento atiraram no marido, que morreu. O estado não consegue saber qual projétil matou o marido, e as duas não sabiam da intenção da outra, a doutrina considera assim que vão responder por tentativa de homicídio.

4-) ESPÉCIES DE CONCURSO
Eventual: Ocorre quando, embora o delito seja praticado por mais de uma pessoa, tal fato não é relevante na sua execução.Ex.: Furto, roubo, Homicídio, os autores respodem igualmente.
Necessário: Ocorre quando o respectivo tipo penal exige para sua execução a participação de mais de uma pessoa. Ex.: (Artigo CP 288) Quadrilha ou Bando, e,  Aborto (artigo CP 124, 2a parte). Se não tiver mais de 3 pessoas não é considerado de crime necessário, porque o crime não se materializa.

Obs.: Lei: 11343/2006 = Trata-se crime  associação com o tráfico.

5-) TEORIA SOBRE O CONCURSO
Monista ou  Unitária: Todo aquele que contribuir para prática de um crime deve responder por ele na medida de sua culpabilidade. (Artigo CP 29).
Pluralista: Esta teoria admite excepcionalmente embora os agentes tenham praticados atos convergentes a lesão do mesmo bem penalmente protegido, possam responder por crimes diversos  (Ex.: Artigo CP 135); Ex.: Bigamia - crime pessoa casada que se casa antes de se divorciar.

6-) REQUISITOS DO CONCURSO
a-) Pluralidade de Condutas
b-) Relevância Causal
c-) Liame Subjetivo
d-) Identidade de Infrações


7-) PARTICIPAÇÃO MENOR  (Artigo 29 : 1 e 2)

8-) COMUNICABILIDADE DAS:
a-)Elementares
b-)Circunstâncias: Objetivas e Subjetivas

Concurso de agentes em crime culposo =  regra é que não existe concursos de agentes nos crimes culposos, tendo em vista  a inesistência do liame sibjetivo., ou seja, comcursos de vontades.

Circunstâncias do crime é todo dado acessório que agregado a fugura típica penal, tenha função de influir na sensão penal.

As circunstâncias são:
Objetivas: Que se referem aos aspectos objetivos dos crimes como o tempo e os modos de execução (Artigo 121-paragráfo: 2 CP).
As circunstâncias objetivas  sempre se comunicam quando houver concursos de agentes.

Subjetivas: São aquelas que se referem ao agente criminoso e não modo pelo qual praticou o crime (São as relações pessoais) Ex.: Artigo 59  CP
Circunstâncias Subjetivas não se comunicam entre os agentes criminosos do concurso de agentes, que comentem mesmo fato criminoso. (Artigo 30 CP) Salvo quando elementares do crime.
Elementares do crime é a própria configuração do delito do crime. sem o crime desaparecer.
Matar alguém é elementar do crime de homicídio.

CONCURSOS DE AGENTES COMO QUALIFICADORAS DE CRIME
O concursos de agentes pode eventualmente consistir em circuntâncias qualificadora de crimes.
Ex.: (Artigo 155 -CP - paragrafo: 4 - inciso 4; e artigo CP 157)

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prévia 21/08/2012



DAS PENAS

QUADRO SINÓTICO – PENA

Conceito

É a retribuição imposta pelo Estado em razão da prática de um ilícito penal consistente na
Privação de bens jurídicos determinada pela lei, que visa à readaptação do criminoso ao
convívio social e à prevenção em relação à prática de novas transgressões.

Princípios
da legalidade;
          da individualização da pena; 
          da pessoalidade ou intranscendência; 
          da vedação da pena de morte, de penas cruéis, de
caráter perpétuo ou de trabalhos forçados;
da proporcionalidade.

Penas  Principais

Privativas de liberdade
reclusão
detenção

Restritivas de direitos
prestação pecuniária;
perda de bens e valores;
prestação de serviços à comunidade
ou às entidades públicas;
interdição temporária de direitos;
limitação de fim de semana.
Multa

QUADRO SINÓTICO – PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE

Espécies

Reclusão:cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto;

Detenção:cumprida em regime semiaberto ou aberto, salvo transferência 
excepcional para o regime fechado;

Prisão simples:cabível apenas nas contravenções penais, podendo ser 
cumprida em regime semiaberto ou aberto

Regime fechado: A execução se dá em estabelecimento de segurança 
máxima ou média.

Regime semi aberto: O sentenciado cumpre pena em colônia penal 
agrícola, industrial ou em estabelecimento similar.

Regime aberto: A pena é cumprida em casa do albergado ou estabelecimento 
adequado, ou seja, o condenado trabalha fora durante o dia e à noite se 
recolhe ao albergue.


Regime Inicial
Crimes apenados com reclusão

Se a pena for superior a 8 anos, o regime inicial é o fechado;
Se a pena for superior a 4 e não superior a 8 anos, o regime inicial é o semiaberto, 
exceto se o acusado for reincidente, quando o regime será o fechado;
Se a pena for igual ou inferior a 4 anos, o regime inicial poderá ser o aberto, 
salvo se o condenado for reincidente, hipótese em que o juiz deve optar 
pelo regime semiaberto ou fechado, dependendo da gravidade do caso.

Crimes apenados com detenção
se a pena for superior a 4 anos ou se o réu for reincidente, o regime inicial é o 
semiaberto; pena igual ou inferior a 4 anos, o regime inicial será o aberto.

Montante da pena como critério relativo na fixação do regime inicial

De acordo com o art. 33, § 3º, do Código Penal, o juiz poderá fixar regime 
inicial diverso daqueles já estudados, que se baseiam no montante 
da pena e na reincidência, se assim se mostrar necessário em razão da 
personalidade do acusado, sua conduta social, circunstâncias e conseqüências 
do crime etc.

Crimes hediondos, tráfico de drogas, terrorismo e tortura 
Nos termos da Lei n. 8.072, o regime inicial nesses crimes é 
sempre o fechado, independentemente da pena fixada e da primariedade 
do condenado.

Progressão de regime
Nos crimes comuns, a progressão se dá após o cumprimento de 1/6 da pena, 
desde que o réu
preencha os demais requisitos legais, como o bom comportamento carcerário.

Observação: Quando se tratar de crime contra a administração pública, a 
progressão de regime está condicionada à reparação do dano causado ou 
devolução do produto do crime.
Nos crimes hediondos, tráfico de drogas, terrorismo e tortura, o réu deve ter 
cumprido 2/5
da pena, se primário, ou 3/5 se reincidente.

Regressão de regime
Quando o agente praticar fato definido como crime doloso; quando cometer 
falta grave, como fuga, participação em rebelião, posse de arma ou de 
telefone celular etc.; quando o sentenciado sofrer nova condenação que, somada 
à anterior, torne incabível o regime atual; se o condenado estiver no regime aberto, 
dar-seá ainda a regressão se ele frustrar os fins da execução (parar de 
trabalhar, não comparecer à prisão-albergue etc.) ou se não pagar a multa
cumulativamente imposta.

Remição
O condenado que cumpre pena no regime fechado ou semiaberto pode descontar, 
para cada 3 dias trabalhados, 1 dia no restante da pena. Não se computam fins de 
semana e feriados não trabalhados. O benefício deve ser declarado pelo juiz da 
execução, após ouvido o Ministério Público. Se o condenado, posteriormente, 
cometer falta grave, perderá direito aos dias remidos.

Detração
É o cômputo na pena privativa de liberdade e na medida de segurança do tempo 
de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, ou de internação em hospital 
de custódia ou tratamento
psiquiátrico. Aplica-se, também, a algumas penas restritivas de direitos aplicadas 
em substituição à pena original, como no caso da prestação de serviços à 
comunidade, interdiçã temporária de direitos e limitação de fim de semana.
Não se aplica à pena de multa e ao sursis.

QUADRO SINÓTICO – PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS

As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem a pena privativa de 
liberdade por certas restrições ou obrigações. Dessa forma, restritivas têm 
caráter substitutivo, ou seja, não são previstas em abstrato no tipo penal e, 
assim, não podem ser aplicadas diretamente, devendo o juiz, inicialmente 
aplicar a pena privativa de liberdade e, presentes os requisitos, substituí-la pela
restritiva. Salvo na substituição por prestação pecuniária e perda de bens, a pena 
restritiva tem a mesma duração da pena privativa de liberdade aplicada na sentença.

Requisitos
a) que o crime seja culposo, qualquer que seja a pena, ou, se doloso, que a pena 
aplicada na sentença não seja superior a 4 anos (desde que o delito não tenha sido 
cometido com violência ou grave ameaça à pessoa);
b) que o réu não seja reincidente em crime doloso, salvo se, em face da 
condenação anterior, a medida for socialmente recomendável, e a reincidência não 
seja pela prática do mesmo crime;
c) que a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, 
bem como os motivos e circunstâncias do crime indiquem que a substituição é suficiente.

Prestação pecuniária
Consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou à entidade 
pública ou privada com destinação social de importância fixada pelo juiz, não inferior 
a 1 salário mínimo e não superior a 360 salários mínimos. Caso haja concordância
 do beneficiário, a prestação pode consistir em prestação de outra natureza, como 
entrega de cestas básicas.
Se a prestação for direcionada à vítima ou a seus dependentes, o montante será
 descontado em caso de eventual condenação à reparação de danos na esfera cível.

Perda de bens ou valores
Refere-se a bens ou valores pertencentes ao condenado e que reverterão 
em favor do Fundo Penitenciário, tendo como teto – o que for maior –
o montante do prejuízo causado ou o provento obtido pelo agente 
ou por terceiro em decorrência do delito.

 Prestação de serviços
Consiste na atribuição ao condenado de tarefas gratuitas em entidades 
assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos ou estabelecimentos congêneres, 
em programas comunitários ou estatais.
Somente é admissível se a pena fixada na sentença for superior a 6 meses.
O condenado deverá cumprir 1 hora de tarefa por dia de condenação.

Interdição temporária de direitos
Pode consistir em: proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, 
bem como de mandato eletivo; proibição do exercício de profissão, atividade ou 
ofício que dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do 
poder público; proibição de frequentar determinados lugares.
Observação: a suspensão de habilitação para dirigir veículos, prevista originariamente no art.
47, III, do Código Penal, atualmente é regulamentada pelo Código de Trânsito Brasileiro.

Limitação de fim de semana
Consiste na obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por 5 horas diárias, em
casa do albergado ou outro estabelecimento adequado.

Regras para substituição
Se a pena fixada for igual ou inferior a 1 ano, a pena poderá ser substituída por multa ou por
uma pena restritiva de direitos. Não poderá, entretanto, ser aplicada a prestação de serviços
à comunidade se a pena for inferior a 6 meses. Se a condenação for superior a 1 ano e não superior a 4 anos nos crimes dolosos, a pena poderá ser substituída por uma pena de multa e
uma restritiva de direitos ou duas restritivas de direitos.

Conversão da pena restritiva em privativa de liberdade

Quando ocorrer o descumprimento injustificado da medida imposta. Nesse caso, o tempo já
cumprido da pena restritiva será descontado do montante da pena privativa de liberdade,
devendo, todavia, o sentenciado cumprir ao menos 30 dias da pena privativa.
Se o sentenciado cometer falta grave prevista na Lei de Execuções Penais.
Se sobrevier condenação à pena privativa de liberdade por outro crime e o juiz entender que
isso torna inviável o cumprimento da pena restritiva anteriormente imposta.

QUADRO SINÓTICO – PENA DE MULTA

           Espécies
Multa prevista no próprio tipo penal.
Ex.: a pena do furto, que é de reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.
Multa aplicada em substituição a pena privativa
de liberdade aplicada na sentença não superior a
1 ano. É chamada de multa vicariante.

Valor e pagamento
O juiz deve fixar o número de dias-multa que será no mínimo de 10 e no máximo de 360, de acordo com o critério trifásico do art. 68 do Código Penal. Em seguida, deve fixar o valor de cada dia-multa, que será, no mínimo, de 1/30 do maior salário mínimo vigente no país e, no máximo, de 5 salários mínimos, de acordo com a condição econômica do condenado. Se o juiz, porém, entender que o valor ainda é insuficiente poderá até triplicar o valor do dia-multa.
O valor da multa deve passar por correção monetária a contar da data do fato. Efetuado o pagamento, por desconto nos vencimentos ou por ato do condenado, a pena será declarada extinta.

Não pagamento da multa
Devem ser aplicadas as normas relativas à dívida ativa, inclusive no que concerne às causas
interruptivas e suspensivas da prescrição. Assim, a execução deve ser promovida pela Fazenda Pública, devendo seu valor ser inscrito na dívida ativa, sendo vedada a conversão em pena privativa de liberdade.


QUADRO SINÓTICO – APLICAÇÃO DA PENA

Fixação da pena
a) Inicialmente o juiz deve decidir qual pena irá aplicar dentre as cominadas (privativa de liberdade ou multa, ou ambas).
b) Em seguida, deve fixar o montante da pena, dentro dos limites legais, utilizando-se para isso do critério trifásico do art. 68 do Código Penal.
c) Na sequência, o juiz deve fixar o regime inicial da
pena privativa de liberdade.
d) Por fim, verificará se é cabível a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, multa ou, ainda, o cabimento do sursis.

Critério trifásico
Utilizado para estabelecer o montante da pena.
1a fase – fixação da pena-base de acordo com as chamadas circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal, que se referem à culpabilidade do réu, seus antecedentes, conduta social, personalidade, motivos, circunstâncias e consequências do crime, bem como comportamento da vítima.

2a fase – apreciação das agravantes e atenuantes genéricas dos arts. 61, 62, 65 e 66 do Código Penal. O aumento ou a redução ocorrem com base na pena-base fixada na fase anterior, e o seu montante fica a critério do juiz, não havendo um índice preestabelecido.
Nessa fase, todavia, não é possível que a pena lcance índice inferior ao mínimo legal ou superior ao máximo (Súmula 231 do STJ). Caso o juiz reconheça uma agravante e uma atenuante, só deve compensar uma com outra se não estiver presente uma das circunstâncias
preponderantes elencadas no art. 67 do Código Penal. De acordo com este dispositivo,
preponderantes são as agravantes ou atenuantes que se referem aos motivos do crime, personalidade do agente e reincidência.

3a fase – aplicação das causas de aumento e de diminuição de pena previstas na Parte Geral e na Parte Especial do Código. Identifica-se uma causa de aumento quando a lei se
utiliza de um índice de soma ou de multiplicação a ser aplicado sobre a pena. Ex.: a pena será
aumentada em 1/3, ou a pena será aplicada em dobro. Já nas causas de diminuição a lei menciona um índice de redução. Ex.: na tentativa, a pena será reduzida de 1/3 a 2/3.
De acordo com o art. 68, parágrafo único, se o juiz reconhecer duas causas de aumento ou duas causas de diminuição, deve aplicar ambas, exceto se estiverem previstas na Parte Especial do Código, hipótese em que o juiz pode se limitar a um só aumento ou diminuição, prevalecendo, todavia, o maior índice.
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AULA 21/08/2012

DAS PENAS

1-) Conceito das penas:
Pena é uma sansão aflitiva imposta pelo estado através da ação penal, ao autor de um crime, como retribuíção de seus atos ilicitos.
Forma de restringir o agente ao convívio social e a prevenção em relção a prática de novas transgressões.
Só o direito penal prevê pena.

2-) Teoria sobre as penas:
Teoria Absoluta-Para esta teoria a pena tem efeitos simplesmente retribuitivo, ou seja, para cada crime cometido aplica-se um castigo em forma de pena, não se preocupando com a pessoa do condenado.
Teoria Relativa-Para esta teoria a pena tem carater utilitarista, ou seja, ela é útil para evitar que o agente cometa crimes enquanto estiver preso (prevenção particular ou pessoal) e previne a prática de crimes particular ou pessoal , enquanto estiver preso.
E previne também a prática de deliquentes potencial através da intimidação da pena (prevenção geral).
Teoria Mista-Para esta teoria a pena tem caráter retributivo, prevenção particular em geral e busca ainda a correção e educação do condenado, a fim de devolve-lo a sociedade em melhores condições.

3-) Sistema das Penitenciárias:
Filadélfia- Este sistema apregoa o isolamento absoluto do condenado, sem trabalho e sem visitas, incentivando-se a leitura da bíblia.

Alburniano- Este sistema apregoa o isolamento noturno e o trabalho isolado ou coletivo durante o dia.

Progressivo- (Sistema Inglês ou Irlândes) : Por este sistema peninteciário o agente cunpre a pena, vislumbrando a possibilidade de progredir para regimes menos severos, conseguindo inclusive alcançar a liberdade, mesmo antes do cumprimento integral da pena.

4-) Classificação das Penas:
Corporais- Pena de Morte / Açoite / mutilação

Privativas de liberdade :
Perpétua
Temporária - (art. 75-Ninguém pode cumprir mais de 30 anos em regime fechado, no Brasil existe apenas a Pena temporária - CP 92)

Restritivas de Direito (liberdade)- Penas restritivas de direito são aquelas que embora necessariamente não atingem o direito de ir e vir, limita a exercícios de direito, como por exemplo o exercício de uma produção de dirigir automotor, etc.

Multa ou pena peculiária-  
As penas do Brasil são: Privativas de liberdade (+ grave)
Restritivas de direito
Penas de multa
Prisão simples = é aquelas aplicada a contravenções penais que não possuem maior rigor penitenciário (artigo 6o do Dercreto Lei: 3688/1941.
Previstas na Lei de Contravenção Penal, a pena de prisão simples deve ser cumprida sem rigor presidenciário, em regime aberto ou semi aberto.
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AULA 28/08/2012 - Discussão em sala

Das Penas - artigo 33 Código Penal.
Regimes de cumprimento de pena.
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AULA 30/08/2012


PENAS ALTERNATIVAS - ARTIGO 43

1-) INTRODUÇÃO


2-) MODALIDADES
Substitutiva - CP  (Substituir a pena privativa de liberdade)
Autônoma - Lei: 9.099/95= As penas alternativas são autônomas quando aplicadas, no âmbito do juizado especial criminal,  através da TRANSAÇÃO PENAL,  entre Promotor de Justiça do acusado, quando da prática de infração de menor potencial ofensivo(crimes em penas até 2 anos). O acordo entre as partes tem que ser bilateral, caso o agente não concorde, cumprirá a pena do seu feito.
Só cabe a pena de substituição, quando o juiz aplica a pena concreta de ate 4 anos.

3-) REQUISITOS
Objetivos - (Artigo: 44, I CP)= Requisitos OBJETIVOS para aplicação das penas alternativas são:
* Pena inconcreta superior a 4 anos.
* Crime praticado sem violência (é um ataque a integridade física da pessoa) a pessoa e grave ameaça.

Subjetivos - (Artigo: 44, II CP)

AULA 04/09/2012
4-) CONVERSÃO EM PRIVATIVA DE LIBERDADE

PENAS ALTERNATIVAS (artigo: 43)

A regra geral de que os crimes praticados com violencia ou grave ameaça impedem a aplicação de pena alternativas, não é absolutas. A lei 9.099/95 (Lei Juizado Especial Criminal), conceitua como infração de menor potencial ofensivo os crimes cuja pena em abstrato, não sejam superior a dois anos. Para estas infrações de menor potencial a lei do julgado admite Penas Alternativas do modo em que o crime foi praticado. (Artigo: 129, 147)
Obs.Menor Potencial Inofensivo, as penas menores de 2 anos cabe a pena alternativa. Segundo nova lei, Tráfico de Drogas, o agente não pode mais reverter para Pena Substitutiva, aquele que está ou ficará recluso.

AULA 06/09/2012

PENAS ALTERNATIVAS

1-) Prestação de serviços a sociedade (artigo: 46)
2-) Interdição Temporária de direitos (artigo: 47)
Inciso III 47 código Penal, esta parcialmente revogado pelo artigo: 302 ,
da Lei: 9.503/97-Código de Trânsito
3-) Limitação de final de semana (artigo: 48)

Trabalho: Entregar 1 a aula de outubro/2012.
PROGRESSÃO (EVOLUÇÃO) DE REGIME NOS CRIMES HEDIONDOS LEI: 8.072/90
-Analise da produção da evolução da mesma, introdução do que seria esta progressão-
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AULA 11/09/2012

PENAS DE MULTAS ( Artigo: 49) Sessão III

1-) INTRODUÇÃO:

A pena de multa pode ser aplicada cumulativamente com outra pena  , alternativamente quando o juiz tiver opção para aplicar a pena de multa ou outra penalidade, e isoladamente quando for a única cominada (prevista/cominação) no tipo penal.

2-) CRITÉRIOS PARA AUMENTAR O VALOR

Critério para prática de multa:
a-) Deve levar em conta as circuntâncias judiciais  (artigo: 59) , circuntâncias genéricas, agravantes e atenuantes (artigos: 61,62,65 ) e causa de aumento e diminuição de penas precistas na parte geral e especial do código penal.
b-) O juiz deve considerar somente as circuntâncias judiciais do artigo 59.
c-) O juiz deve levar em conta  somente a situação econômica do condenado (predominante na atualidade)

3-) DIFERENÇA ENTRE PENAS :
> ALTERNATIVAS PECUNIÁRIA
> PENA DE MULTA

4-) MEIO DE EXECUÇÃO:

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AULA: 13/09/2012

DOSEMETRIA DA PENA (Artigo 68)

1a FASE

Sistema Trifásico:
*Circuntâncias Judiciais (artigo 59)
Circuntâncias:
> Apavantes (artigo 61,62)
> Atenuantes  (artigo 65)
*Causa de aumento e diminuição de pena.

Na primeira e na segunda fase do sistema trifásico da aplicação de pena , o juiz não pode exceder  o máximo de pena prevista no respectivo delito e nem ficar á quem da pena mínima.
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AULA 18/09/2012

2a  FASE
Análise das Circunstâncias

Agravantes (Código: 61- 63)
Atenuantes (Código: 65-66)

São circunstâncias que sempre agravam a pena quando não constituem ou qualificam o crime.

I= Reincidencia -
Agente reincidiu o crime (código: 64)
Com uma certidão de antecedentes criminais se prova sua prescrição anterior.

II=Ter o agente cometido crime:
a-) Por motivo fútil e torpe
Torpe=repugnante= O cidadão corta seu dedo para fraudar o seguro; ou o vice manda matar o Prefeito para assumir o seu cargo.
b-) Ocultação
c-) Traição diante dissimulação
d-) Tortuta, veneno, meio cruel
e-) Crimes contra a familia em geral
f-)Abuso de autoridade
Artigo 181 CP = Considera típico e antijurídico, mas NÃO CULPÁVEL furtar filho ou Pai, debendo ser resolvido no âmbito familiar.
g-) Abuso de poder =  Quem tem poder tem que exerce-lo, portanto tem que ser bem medido; exercendo as profissões nos limites á elas inerentes
h-) Contra Crianças (um dia na véspera antes de completar 12 anos), maior de 60 anos, enfremos ou mulher grávida. - se agredi-lo-os ´haverá Majorante.
i-) Ofendido estava sob proteção da autoridade (funcionário público)
j-) Ocasião - incêncio; Supermercado pega fogo e saqueiam o mesmo.
l-) Embriaguez preordenada = pessoa bebe para praticar  o crime, fazendo isso de forma premeditada para ter coragem.

AGRAVANTES NO CASO DE CONCURSO DAS PESSOAS

I = Promove e direge um crime induzindo demais agentes.
II = Induz ontrem a execução do crime
III= Instiga ou determina o sujeito a cometer im crime
IV= Executa ou participa de um crime mediante recompensa.




CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES (DIMINUIÇÃO)

Artigo: 65 (Confissão; desconhecimento da Lei).
Artigo 66 (Segundo DOUTRINA =  a Cidadã ciumenta dá uma sova no noivo ou marido; e o juiz determina e considerando esta união, ela responde apenas por Lesão corporal ou tentativa de homicídio; sendo a pena atenuada se houver casamento com ela e o noivo.

1-) CULPABILIDADE:

É mero pressuposto da aplicação de pena, os requisitos são Imputabilidade (infração se o agente cometeu ato típico Jurídico, potencial conhecimento do Ilícito e exibilidade -condita diversa.

2-)Artigo 30 CÓdigo Penal:

3-) São duas: Teoria Unitária ou artigo 124; e todos autores e co-autores vão rsponder pelo ato penal e a Teoria Pluralista (artigo 126).  Ex.: Art 235, parágrafo 1, (Mesmo objeto respondido- penas diferentes)

4-) Artigo 44, parágrafo 3 .

5-) Sistema Progressivo.

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AULA      25/09/2012  

CONCURSOS DE CRIMES  (Artigos: 69,70,71CP)

Material  -  art 69
Formal    - art  70
Crime Continuado - art 70.

Crime da mesma espécie comportam doias entendimentos doutrimários:

1o) Crime da mesma espécie são aqueles que tem por finalidade proteger o mesmo bem juridico penalmente tutelado  (protegido) (Art 155 e 180 CP).
2o) Crimes  da mesma espécie são aqueles previstos no mesmo artigo do código (Artigo  155 CP).
(esta corrente é predominante.
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AULA 09/10/2012.

SUSPENSÃO CONDICIONAL DE PENA (Artigo 77/82

1-) Introdução
2-) Requisitos: Objetivos
                       Subjetivos.
3-) Espoeciais: Simples, Especial, Humanitário, etiário
4-) Revogação: Obrigatória ou Facultativa.
5`) Revogação de período de prova.

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AULA 11/10/20212

LIVRAMENTO CONDICIONAL (ARTIGO 83 ao 90  CP)

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AULA 16/10/2012
EFEITOS DA SENTENÇA PENAL ( ARTIGO 91/92)

1-) Sentença Penal (própria ou imprópria)
É aquela que condena ou absolve o acusado.

2-) Efeitos Principais (Aplicação da pena)
São aplicação da pena privativa de liberdade, restritiva de direito ou multa.

3-) Efeitos Secundários Penais
Instrumento do crime são os objetos utilizados pelo agente na prática da infração penal.

4-) Efeitos Secundários Extra Penais.
São automáticos por decorrerem da sentença penal condenatória, não precisando ser declarados expressamente pelos magistrados

5-) Efeitos específicos extra-penais.  
NÃO são automáticos, precisando ser expressados na sentença condenatória para surtir os respectivos efeitos (artigo 92 CP)
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AULA 18/10/2012

MEDIDA DE SEGURANÇA (ARTIGO 96 a 99)
SISTEMA DUPLO BINÁRIO: Por este sistema o juiz pode aplicar cumulativamente e de forma sucessiva pena privativa de liberdade e medida de segurança.
Este sistema vigorou no Brasil ate a reforma do Código Penal 1984.

SISTEMA VICARIANTE: Por este sistema o juiz aplica pena ou medida de segurança, sendo este adotado pelo código penal.
Detentiva = é aquela em que o imputável é internado compulsoriamente em manicômio judiciário, ou seja, quando o juiz condena, expede um mandado de prisão no caso de aplicação de medição detentiva.
Restritiva = É aquela em que o juiz impõe ao imputável tratamento psquiátrico ambulatorial.
Artigo 202 - Lei 7.210/84 = Cumprida ou Extinta a Pena, não contarão em folha corrida (vulgar Capivara)

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AULA 23/10/2012

AÇÃO PENAL ARTIGO: 100

1-) INTRODUÇÃO.

2-) ESPÉCIES DE AÇÃO
= Ação penal pública incondicionada.
= Ação penal condicionada a representação.
= Ação Penal Privada.
= Ação Penal Privada Subsidiária da pública
= Ação Penal dependente de Aquisição do Ministro da Justica.

A ação penal tem como finalidade viabilizar a aplicação das normas do direito penal material ao caso concreto.
Processo é um procedimento iniciado pela ação penal, que permite as partes (promotor e advogado) produzir as provas de seus interesses em que o juiz vai proferir uma sentença condenatória ou absolutória.

AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA = É aquela instaurada pelos orgãos competentes independentemente de provocação de quem quer que seja, tendo por finalidade preservar o interesse coletivo. Este tipo de ação é a REGRA, enquanto as demais são as excessões.
Como identificar a ação penal pública e incondicionada : quando o legislador após descrever a conduta típica e a respectiva pena, não fazer menção ao tipo de ação penal para aquele crime, estaremos diante de um crime de ação penal pública incondicionada.


AÇÃO PENAL CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO (VÍTIMA) = 
Este tipo de ação só será instaurada mediante a provocação da vítima, formulada representação a autoridade policial ou ministério público. (Artigo 144 - parágrafo 4o CF)
Artigo 129, CF, elenca a Adm. do Ministério Público.

AÇÃO PENAL PRIVADA= Este tipo de ação penal fica a cargo da própria vítima, devendo se quiser contratar um advogado e promovê-la por conta própria." Aqui o legislador diz que alguns poucos delitos, a vítima que deve ir atrás, por conta da própria vítima".

AULA 25/10/2012

AÇÃO PENAL  PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA= Esta ação é promovida pelo ofendido no lugar do Promotor da Justiça, quando este não propões ação penal pública incondicionada nos prazos legais (5 dias réu preso e 15 dias réu em liberdade, artigo: 46 do CPP).

AÇÃO PENAL DEPENDENTE DE REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA= Este tipo de ação será promovida nos crimes contra a honra do Presidente da República e de Chefes do Governo estrangeiro, desde que o Misnistro da Justiça requisite providências junto ao Ministério Público.

AULA 30/10/2012

CAUSAS EXTINTIVAS DA PUNIBILIDADE (Pena que se aplica no caso concreto)(Artigo: 107 CP)

CONCEITO
Causas Extintivas de Punibilidade são aquelas que retiram do Estado o Poder de Punir, embora se tenha constatado a existência de um fato típico, antijurídico e culpável.
O artigo 107, trás várias hipóteses de Causas Extintivas de Punibilidade, entretanto não é taxativo, visto que outras normas penais também preferem outras causas.

PRINCÍPIO DA INTRANCEDÊNCIA = significa que a pena criminal não pode ir além do autor, co-autor ou partícipe da conduta ilícita.

ANISTIA (artigo 107, inciso II)  = Ato explicitado por lei que tem a função de perdoar o cometimento de crimes, praticados em determinados espaços de tempo, normalmente utilizados para perdoar crimes políticos. ANISTIA = POR LEI.
No Brasil, a Lei 6.083/79, anistiou os Crimes Políticos cometidos entre1961 á 1979, durante a Revolução militar.
Crimes Políticos = são aqueles previstos na Lei 7.170 de 83 e trata dos crimes contra a segurança nacional.
ANISTIA - pode ser parcial quando abrange somente determinados delitos.
ANISTIA IRRESTRITA - É aquela que abrange todos os delitos, objetos da própria anistia.
Hoje no Brasil a Anistia é irrestrita, ampla,
ANISTIA PRÓPRIA - É aquela concedida antes da sentença penal condenatória
ANISTIA IMPRÓPRIA - É aquela concedida depois da sentença penal condenatória.

A anistia paga todos os seus efeitos penais, da conduta ilícita remanescendo somente as consequencias de caráter civil.

>Processo de reconhecimento é aquele que as partes que recorre ao poder judiciário para buscar o reconhecimento de um direito.

> Processo de execução é aquele destinado a fazer valer o direito reconhecido no Processo de Reconhecimento.

AULA 01/11/2012

GRAÇA =  é um pedido de clemência formulado pelo condenado, diretamente a Presidencia da República, e portanto, se o Presidente acatar o pedido, poderá fazê-lo, concedendo ou não este benefício, continua em vigor, mas não é mais utilizado.

INDULTO = Indulto é um ato presidencial, editado no mês de dezembro de todos os anos, podendo caracterizar Causa Instintiva da Punibilidade ou conceder qualquer benefício ao condenado. Chamado de indulto natalino coletivo.

GRAÇA OU INDULTO ATO ADMINISTRATIVO.

OCORRÊNCIA = É a perda do direito de ação.

PEREMPÇÃO = É a causa Extintiva de Punibilidade nos crimes de ação penal privada, quando no curso desta ocorrer fatos que desmentem o de interesse do querelante (pessoa que promove a ação penal)
(Artigo 60 do CP)
Retratação é desfazer o que foi dito, voltar atrás.

AULA 06/11/2012

EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE

A-) PERDÃO JUDICIAL = É concedido pelo juiz nos crimes culposos, via de regra quando as consequencias naturais do crime atingor fortemente o acusado, em que a pena criminal passa a ser dispensável. (Artigo 121 - parágrafo 5o CP)
Para perdão judicial se pede o perfil = 1o Crime Culposo e 2o é Subjetivo (Depende do caso o juíz analizará).
Natureza Jurídica = Da sentença concessiva do perdão judicial (Artigo: 90/91 CP)
1a-) CORRENTE DOUTRINÁRIA = Entende que se trata de sentença condenatória, pois só é possível perdoar o agente reconhecidamente culpado.
2a-) CORRENTE DOUTRINÁRIA = Entende que a sentença é absolutória por não gerar os efeitos dfa reencidência (Artigo: 120 CP).
3a-) CORRENTE DOUTRINÁRIA = Entende que se trata de sentença meramente declaratória de cuasa extintiva da punibilidade (Corrente Majorítária)

B-) PRESCRIÇÃO = É a perda do poder dever de punir do ESTADO em face do não exercício da pretenção punitiva ou executória durante o prazo estipulado na lei (Artigo 109 CP).

PRESCRIÇÃO DA PRETENÇÃO PUNITIVA
É aquela que ocorre antes da sentença condenatória, tendo como calculo a pena em abstrato (Pena em abstrato é aquela prevista no artigo tipo penal.

PRESCRIÇÃO DA PRETENÇÃO EXECUTÓRIA
É aquela que ocorre depois da sentença geral condenatória definitiva, tendo como cálculo a pena em concreto aplicada pelo juiz (Artigo 110 CP)

* FUNDAMENTOS QUE JUSTIFICAM A PRESCRIÇÃO
1o)  Inconveniencia da aplicação da pena muito tempo depois da data do crime.
2o)  Busca e eficiência da máquina estatal na atuação de crimes.

AULA 08/11/2012

PRESCRIÇÃO PENAL  

PRESCRIÇÃO RETROATIVA - É aquela que ocorre entre a data do oferecimento da denúncia  e a sentença penal condenatória. A denúncia ou a queixa interrompe o prazo prescricional, começando a partir da nova contagem de tempo legal.
Na interrupção de prazo prescricional, a contagem do novo prazo é feita pelo todo previsto na lei.

PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE OU SUPERVENIENTE - É aquela que pode ocorrer entre a sentença penal condenatória recorrível, transitado e julgado para a acusação, e o acordão proferido pelo tribunal. (Cominada=Prevista)

PRONÚNCIA - No sentido jurídico é a decisão do juiz que reconhece a materialidade e os indícios de autoria nos CRIMES DOLOSOS contra a vida,  mandando o acusado ao tribunal de júri.

AULA 13/11/2012

PRAZOS PRESCRICIONAIS - Os prazos prescricionais da prescrição da pretenção punitiva, são contados com base na pena máxima em abstrato, ou seja, aquela prevista no respectivo artigo penal com os prazos previstos no artigo 109 CP.

PRESCRIÇÓES =
NA prescrição da pretenção executória, toma-se por base de cálculo a pena aplicada pelo juiz, comparando-a com os prazos prescricionais do artigo 109 CP.

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DIREITO PENAL III - 2013

 CONCEITO:
Todo o conjunto de normas jurídicas que têm por finalidade estabelecer as infrações de cunho penal e suas respectivas sanções e reprimendas. O Direito Penal é um ramo do Direito Público (que diz respeito a função ou dever do Estado). Há que se acrescentar que o Direito Penal é formado por uma descrição, em série, de condutas definidas em lei, com as respectivas intervenções do Estado (na aplicação de sanções e eventuais benefícios), quando da ocorrência do fato delituoso, concreto ou tentado.
DIVISÃO DO CÓDIGO PENAL
O Código Penal é divido em artigos, que vão do 1º ao 361. Em sua Parte Geral (artigos 1º a 120), cuida de assuntos pertinentes a aplicabilidade, características, explicações e permissões contidas na lei penal. Sua segunda parte, ou  Parte Especial (artigos 121 a 361) trata dos crimes em si, descrevendo condutas e penas a serem aplicadas .
Sujeito Ativo – Indivíduo ou agente que pratica um fato (isto é, uma ação ou omissão) tipificado como delituoso pela legislação vigente.
Sujeito Passivo – Capacidade que o indivíduo ou agente tem de sofrer as sanções penais incidentes sobre sua conduta delituosa.
Direito Penal Subjetivo – Poder de “Império” (ou dever) do Estado de punir os indivíduos por ele tutelados, dentro dos basilares do Direito Penal Objetivo.
Direito Penal Objetivo – Todas as normas existentes e de pronta aplicabilidade sobre o fato concreto ou tentado.
Direito Penal Comum – Aplicação do direito pelos órgãos jurisdicionais do Estado, ou seja, aplicação do Direito Penal dentro da atuação da Justiça comum existente nos Estados da Federação.
Direito Penal Especial - Previsão legal de competência para atuação das justiças especializadas na aplicação da lei penal. Exemplo: Direito Penal Eleitoral e Direito Penal Militar.
Direito Penal Substantivo - É a materialidade da norma, ou seja, é a norma em sua apresentação formal (exemplo: livro que contém o Código Penal).
Direito Penal Adjetivo – É a instrumentalidade do Direito Penal, isto é, o direito processual e suas nuances.
FONTES DO DIREITO PENAL
Conceito:
As fontes são os marcos de origem e manifestação do Direito Penal. São o órgão ou a forma de sua exteriorização. Por exemplo: compete privativamente a União, legislar sobre: direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho (...). Outro exemplo: a simples existência de lei, costumes, jurisprudências, princípios e/ou doutrinas.
Divisão das Fontes de Direito Penal
Fontes materiais – Ente estatal responsável pela produção e pela exteriorização do Direito.
Fontes Formais – Forma e modo de exteriorização do Direito
Fontes Formais Imediatas – As leis penais existentes. Conforme o princípio da legalidade, não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal (art. 5º, inciso XXXIX da Constituição Federal de 88,  e art. 1º do Código Penal Brasileiro).
Fontes Formais Mediatas – Na omissão da lei, podem ser aplicados os princípios gerais de Direito, os costumes a jurisprudência e a doutrina, os quais são fontes formais mediatas. Esses princípios estão autorizados por lei (Art. 4º da Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro)).
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO PENAL
Princípio da Reserva Legal ou da Legalidade – Sem legislação específica não há crime. É uma forma de limitação do poder punitivo do Estado (Art. 5º, inciso XXXIX da CF/88 e Art. 1º do Código Penal Brasileiro).
Princípio da Intervenção – Limita o poder de atuação do ente estatal. O direito punitivo só será aplicado em observância ao princípio da reserva legal, com o fim social de impedir o legislador de se exceder na construção do Direito Penal aplicável.
Princípio da Irretroatividade da Lei Penal – A lei penal só pode retroagir para beneficiar. Com isso, fica afastada a possibilidade de uma lei nova (mais rígida) prejudicar fatos pretéritos. A retroação só pode acontecer se a lei nova for mais benigna ao agente do delito (Art. 5º, XL da CF/88).
Princípio da Insignificância – Aferida a irrelevância de uma conduta delituosa, ou sua insignificância (por exemplo a apropriação de bagatelas), deve ser excluída sua tipicidade penal.
Princípio da Ofensividade – Aplicado na elaboração das leis, cuida de prevenir um ataque ou perigo concreto sobre um bem tutelado pelo Estado. Esse princípio protege o interesse social tutelado pelo Estado de um perigo de lesão (ou ofensa).
Princípio da proporcionalidade – Cabe ao Estado dar a seus cidadãos um mínimo de proporcionalidade entre a garantia de seus direitos. Segundo esse princípio, o sistema penal se firma na sua capacidade de fazer frente aos delitos existentes em um meio social que absorva sua eficácia.
Princípio da Alteridade – Não ofendido nenhum bem jurídico por ato meramente subjetivo, não existe crime. Como exemplo, a auto-agressão contida no suicídio.
Princípio do “in dubio pro reo” - Na dúvida, o réu deve ser absolvido, pois no direito penal a culpa tem que ser comprovada, não cabendo suposição de prática de ato delituoso.

APLICAÇÃO DA LEI PENAL (Artigos 1º a 12 do CPB)

Vigência e Revogação da Lei Penal (Lei Penal no Tempo – Artigo 2º) – A lei penal começa a vigorar na data expressa em seu bojo. Em caso de omissão, ela começa a vigorar quarenta e cinco dias após sua publicação, no País, e em três meses no exterior (Vacância da Lei). A revogação da Lei Penal se opera com a edição de nova lei, e sua revogação pode se efetivar total (ab-rogação) ou parcialmente (derrogação). A lei penal pode ser temporária (com prazo fixado de vigência), ou excepcional (criada para ser aplicada em evento emergencial ou furtivo).
Tempo e Lugar do Crime (Artigo 6º)– Segundo a Teoria da Atividade, o crime sempre é cometido no momento da ação ou omissão, com a respectiva aplicação da lei vigente. A lei penal brasileira utiliza dessa teoria, em conjunto com a teoria do resultado (segundo a qual o crime é considerado cometido quando da produção do resultado) e com a teoria da ubiqüidade (segundo a qual considera-se o crime cometido, tanto no momento da ação ou omissão, quanto na produção do resultado).
Lei Penal no Espaço - Segundo o princípio da territorialidade, a lei penal pátria deve ser aplicada dentro do território nacional, respeitando-se os tratados e convenções estrangeiras, quando existentes. São considerados como parte do território nacional as aeronaves e embarcações públicas, além das aeronaves e embarcações privadas. A Lei Penal Brasileira será sempre aplicada em embarcações e aeronaves estrangeiras que estiverem de passagem pelo território nacional. Já o princípio da extraterritorialidade prevê a aplicação da Lei Penal Brasileira a fatos criminosos praticados no estrangeiro, desde que cometidos contra o representante do governo brasileiro, ou contra as instituições que compõem a União, os Estados e os Municípios. Aplica-se também a Lei Penal Brasileira nos atos praticados por, ou contra, brasileiros no exterior, sem prejuízo das previsões contidas no artigo 7º do CPB.
Território Nacional – Todo espaço em que o Estado exerce sua soberania, ou seja, 12 milhas a contar da faixa costeira, incluído o espaço aéreo correspondente.
Extradição – São atos de entrega e custódia de agentes delituosos por países que cooperam entre si na prevenção internacional do crime. As extradições podem ser ativas (feitas pelo país requerente) e passivas (feitas pelo país cedente).
Deportação e Expulsão – retirada obrigatória dos nacionais do estrangeiro, ou de estrangeiros do território nacional, por imposição administrativa vinculada à lei penal vigente.
Sentença Prolatada no Exterior (cumprimento da pena) - Uma vez sentenciado no exterior, o nacional tem direito à atenuação da pena imposta em território nacional pela a pratica de mesmo crime. Em caso de aplicação de pena mais severa que a brasileira, o nacional fica isento de cumprimento de pena no nosso território.
FATO TÍPICO
Conceito de Crime – Crime é uma ação típica, antijurídica, culpável e punível. Os crimes podem ser praticados por ação (crimes comissivos) ou por omissão (crimes omissivos).
Fato Típico – São os elementos do crime, ou seja: a ação (dolosa ou culposa), o resultado, a causalidade e a tipicidade.
Tipo - Descrição contida na lei de um determinado fato delituoso, para efetiva aferição da ocorrência de crime.
Conduta – Ato consciente ou comportamental praticado pelo ser humano, estando assim excluídos os animais e os fatos naturais.
Crimes Omissivos e Comissivos (Formas de conduta) – Dividem-se em crimes omissivos próprios ou puros, e comissivos por omissão. Os crimes omissivos próprios podem ser imputados a qualquer pessoa. São crimes ligados à conduta omitida, independentemente do resultado, tendo como objeto apenas a omissão. Já nos crimes comissivos por omissão, a simples prática da omissão causa um resultado delituoso, que é punível se o agente tinha como obrigação vigiar ou proteger alguém. É a materialização de um crime por meio de uma omissão. Esses crimes podem ser praticados por dolo e culpa.
Dolo – Intenção declarada e manifestada na vontade consciente do agente para praticar uma ação, cujo fato é tido como crime pela legislação aplicável. O dolo se concretiza também na certeza e na consciência do resultado.
Espécies de Dolo – O dolo se divide em dolo indireto ou indeterminado e dolo direto.
Dolo Indireto ou indeterminado - Nesse caso, está presente a vontade parcial do agente, o qual assume o risco do resultado, sem direcionar sua vontade para um objeto específico. O dolo Indireto pode ser dividido em alternativo ou eventual.
Dolo Alternativo – A ação praticada pode fornecer mais de um resultado (lesionar ou matar).
Dolo Eventual - O resultado existe dentro das leis de probabilidade, e, mesmo que o agente não queira, por sua vontade, a efetividade do resultado, assume o risco eventual de sua ação.
Preterdolo – Existência de dolo e culpa; encontrando-se o dolo na prática delituosa antecedente, e a culpa, na prática conseqüente. Exemplo: latrocínio (roubo seguido de morte).
Culpa – Pune-se a culpa apenas quando existe previsão legal para tal fim. A culpa se baseia na falta de vontade de trazer um resultado delituoso sobre a ação praticada. A ação é praticada sem intenção, podendo a culpa se manifestar por meio da imperícia (falta de habilitação técnica para a prática de determinado ato), da imprudência (precipitação e falta de cuidados necessários no exercício de um ato) e da negligência (negativa de cometimento de um ato calcado na displicência).
Tipos de Culpa – Existem três tipos de culpa: a consciente (o agente prevê o resultado, mas assume o risco por acreditar que dano algum será causado), a inconsciente (por falta de atenção o agente não prevê o risco) e a imprópria (erro de pessoa, em que o agente pretende o resultado, mas pratica-o de forma errônea, sobre pessoa diferente de sua vontade primária).
Resultado – Juntamente com a conduta, é o segundo elemento do fato típico. Para que o Ente Estatal possa agir dentro de seu dever de punir, é necessário que, para a caracterização de um crime, haja um dano efetivo ou a existência de iminente perigo. O resultado, como elemento do fato típico, manifesta-se nos delitos da seguinte forma: crime material ou de resultado (nos crimes contra o patrimônio, o dano patrimonial é o resultado; sem ele só se puniria a tentativa. Assim o crime material é aquele em que a conduta está diretamente ligada ao resultado.); crime formal (a simples ação do agente independente do resultado. Ex. ameaça, injúria e difamação); crimes de mera conduta (o tipo não descreve o resultado, existindo apenas a ação ou a omissão para ocorrência do crime (Ex.: o previsto no art. 280 do CPB -  fornecer medicamento sem receita médica).

Nexo de causalidade – A causa é a linha de ação percorrida pelo agente para a ocorrência do resultado. O nexo causal tem a função de descrever as situações apresentadas quando da conduta. O nexo de causalidade divide-se em dependente (depende da conduta para produção da causa) e independente (causa independente que se relaciona com a causa principal).

Do crime - Consumação e Tentativa (Artigos 13 a 25 do CPB)

Etapas do crime ou “iter criminis” – O fato criminoso se divide em fases ou etapas, que são divididas em: cogitação, atos preparatórios, fase de execução e fase de consumação. A cogitação e os atos preparatórios não são puníveis.
Consumação – Ocorre quando todas a etapas do crime se manifestam por meio de um resultado. Nos crimes materiais, a consumação se manifesta pela ocorrência do resultado; nos crimes formais, manifesta-se pela mera conduta.
Tentativa – Ocorre todas as vezes que circunstâncias alheias à vontade do agente impedem a execução de um crime. Não existe tentativa nas contravenções, nos crimes culposos e nos preterdolosos. Existem duas espécies de tentativa: Tentativa Perfeita ou Crime Falho (quando todos os atos necessários à consumação do crime são praticados, mas este não acontece); e a Tentativa Imperfeita (quando acontece uma interrupção dos atos necessários à consumação).
Fato Típico – Outras Modalidades
Arrependimento Eficaz – No arrependimento eficaz ocorre a chamada tentativa perfeita, em que o autor da ação se arrepende e impede que o resultado se produza, respondendo criminalmente apenas pelos atos já praticados.
Arrependimento Posterior – Antes da apresentação e do recebimento da denúncia ou queixa pelo juiz, o autor do fato repara o dano ou restitui a coisa. Essa modalidade ocorre nos crimes sem violência ou grave ameaça.
Crime Impossível - O crime deixa de se consumar quando o autor da ação utiliza-se de meio ineficiente e impróprio à sua consumação (Ex.: tentar matar um cadáver; ministrar água pura, imaginado tratar-se de veneno; praticar atos referentes ao aborto em mulher que não esteja grávida)
Desistência Voluntária – Ato de desistência de se prosseguir na execução de um crime. Ocorre quando autor de uma determinada ação, voluntariamente, interrompe a sua execução, o que afasta a possibilidade de punição.
Erro Acidental – Divide-se em: erro sobre o objeto (Por exemplo, furta-se uma lata de tinta, pensando ser de solvente); e erro sobre pessoa (exemplo: pratica-se o homicídio sobre uma determinada pessoa, acreditando ser esta a vítima visada).
Erro na Execução ("aberratio ictus")­- O autor do fato age com intenção de provocar dano delituoso, que, por inabilidade ou acidente, se consuma em terceira pessoa, estranha à sua intenção. Nesse caso, o autor do fato é punido com o mesmo rigor que o seria se tivesse concretizado sua intenção contra a vítima visada.
Erro de Tipo – Circunstância que afasta a ocorrência de dolo e a imposição de culpa. O erro de tipo incide sobre a expressão contida na tipificação penal. Ex.: Crime de Desacato – o autor da ação desconhece que a vítima de seu ato desrespeitoso é autoridade pública, o que afasta o dolo e inclui a culpa.
Erro Sobre Nexo Causal – Na execução do crime, o autor do fato pretende uma determinada consumação e esta ocorre de forma diferenciada da pretendida. Ex.: lançar alguém na frente de um carro em movimento - o carro se desvia e a pessoa lançada vem a óbito por traumatismo craniano, provocado pelo choque de sua cabeça com o asfalto.
Resultado Diverso do Pretendido ("aberratio delicti") – Devido ao erro, o autor da ação provoca um resultado diferente do pretendido. Ex.: Na pretensão de furtar uma casa, o autor do delito arromba uma porta com excesso de força, provocando a morte de um desavisado que passava pela porta do lado de dentro da casa.
ANTIJURIDICIDADE
Não existindo o tipo penal, não há que se falar em antijuridicidade ou ilicitude. Entende-se por antijuridicidade ou ilicitude todo o comportamento atentatório à ordem jurídica ou aos bens jurídicos tutelados.
Causas de Exclusão da Antijuridicidade
Conforme o artigo 23 do CPB, existem tipos de justificativas que excluem a ocorrência de prática antijurídica ou ilícita: o estado de necessidade, a legítima defesa, o estrito cumprimento do dever legal e o exercício regular de um direito são causas de inexistência da ocorrência de crime.
Estado de Necessidade - Segundo o artigo 24 do CPB, "considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para se salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se". Acrescente-se que aquele que tenha o dever legal de enfrentar o perigo não pode alegar em seu favor estado de necessidade.
Legítima Defesa – Conforme o artigo 25 do CPB, "entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem".
Estrito Cumprimento do Dever Legal – Inexiste crime se o autor do fato o pratica em estrito cumprimento de seu dever legal. Ex.: O poder de polícia e a fé pública.
Exercício Regular de Direito – Praticar ou deixar de praticar algo, devido ao exercício regular de direito. Ex.: sigilo profissional dos médicos e advogados.
Coação Irresistível e Obediência Hierárquica – Pune-se apenas o autor da coação irresistível (o constrangimento sobre grave ameaça) ou o autor da ordem ditada (ordem oriunda de subordinação de cunho administrativo). Se o delito cometido tem suas bases em coação de que o agente não poderia eximir-se, ou, quando em cumprimento de ordem ditada por superior hierárquico, não consegue perceber a sua ilegalidade, fica o agente afastado de qualquer punição. Estão afastadas da obediência hierárquica as ordens emanadas por vínculo empregatício ou religioso.
CULPABILIDADE
A culpabilidade encontra óbices teóricos que impedem sua pacificação conceitual. Sua definição mais abalizada se encontra na reprovação do autor do fato, por desrespeito ao direito, que, como fonte disciplinadora, lhe exigia conduta contrária à praticada.
Imputabilidade - Capacidade do agente de entender e de ser responsabilizado penalmente. No caso de inexistência desta capacidade, o agente delituoso é considerado inimputável.
Causas Dirimentes – São condições para aplicação da imputabilidade: a menoridade, as doenças mentais e a embriaguez. No caso da menoridade, aplica-se atualmente a legislação especial contida no Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8.069/90. Já a embriaguez se divide em voluntária e culposa, preservando-se o caso fortuito ou força maior, que, na prática da ação ou omissão, deixou o agente inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato. As doenças mentais são aquelas que impedem o agente de entender o caráter ilícito da ação ou omissão.
CONCURSO DE PESSOAS (artigos 29 a 31 do CPB)
Aquele que, de qualquer modo, concorre para o crime incide na pena a este cominada, na medida de sua culpabilidade. O concurso de pessoas ocorre quando duas ou mais pessoas concorrem para a prática de um mesmo crime. Cada participante responde de acordo com sua participação no crime, o que motiva a aplicação de penas diferenciadas.
Da Autoria – Autor é o sujeito que pratica a ação ou omissão delituosa. A autoria é mediata, quando executada por terceiro não-culpável (menor, por exemplo), em favor do autor que não executa o crime pessoalmente.

Da Co-Autoria e da Participação - O co-autor tem participação direta no sentido de colaborar para a consumação do crime (nesse caso a colaboração é consciente). A participação se caracteriza pela concorrência exercida em favor do autor pelo co-autor ou pelos co-autores. O CPB pune de forma igualitária o autor, o co-autor e o partícipe de qualquer delito, com a ressalva de aferição de culpabilidade.
DAS PENAS
No Direito Penal Brasileiro, a pena tem um caráter punitivo e preventivo. Sua condição punitiva tem equilíbrio no dever de possibilitar a franca reabilitação do agente condenado.
Espécies de Penas (artigos 32 a 58 do CPB) – O artigo 32 do CPB estabelece que as penas aplicáveis se concretizam em: privativas de liberdade, restritivas de direito e penas de multa.
Penas Privativas de Liberdade – São medidas de cunho punitivo, aplicadas pela prática de ilícitos criminais. As Penas privativas de liberdade dividem-se em: reclusão (com regimes de cumprimento de penas fechado, semi-aberto e aberto) e detenção (somente para os regimes semi-aberto e aberto). O cumprimento de pena de reclusão se efetiva nas penitenciárias, as quais têm por objetivo a tutela de presos condenados no regime fechado. O regime semi-aberto pode ser cumprido nas penitenciárias comuns, agrícolas ou similares. Já o regime aberto deverá ser cumprido em albergues e delegacias (têm caráter temporário). Há ainda as penas privativas de liberdade em  hospitais de Custódia (o condenado que, durante o cumprimento da pena, manifestar doença mental deve ser recolhido em hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico ou estabelecimento adequado).
Regime Fechado – O condenado fica sujeito ao trabalho no período diurno, conforme suas habilidades aferidas em exame criminológico, ficando em isolamento durante o período noturno.
Regime Semi-aberto – O condenado fica sujeito ao trabalho em comum durante o período diurno, podendo ainda trabalhar externamente e estudar durante o período de cumprimento da pena.
Regime Aberto – O condenado tem direito ao trabalho e ao estudo fora do estabelecimento de cumprimento de pena. Durante o período noturno, ele deve permanecer recolhido, podendo ser transferido para regime mais severo de cumprimento de pena, no caso de prática de crime doloso ou atentado direto contra a execução da pena e multa acumulada.
Regime Especial - Reserva legal que beneficia as mulheres no cumprimento de pena, as quais cumprem pena em estabelecimento penitenciário especial.
Direitos do Preso (Artigo 38) – São mantidos todos os direitos do preso não atingidos pela perda da liberdade, dentre os quais podemos citar: direito à vida, à manutenção da integridade física e moral, ao trabalho remunerado, direito de petição aos órgãos públicos, direito à propriedade, à intimidade, à vida privada, a assistência jurídica, médica e odontológica, a educação e cultura, direito de receber visitas, e outros previstos no art. 3º da Lei de Execuções Penais.
Trabalho do Preso (Artigo 39) – O trabalho do preso será sempre remunerado, com as garantias pertinentes à Previdência Social.
Detração – É obrigação de computação, nas penas privativas de liberdade e nas medidas de segurança, de todo o tempo de prisão provisória ou administrativa cumprida no Brasil ou no exterior.
Das Penas Restritivas de Direito (Artigos 43 a 52) – Dentre as penas restritivas de direito encontram-se: a prestação pecuniária, a perda de bens e valores, a prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas, a interdição temporária de direitos e a limitação de fim de semana. Todas essas penas são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando a pena máxima aplicada não for superior a quatro anos, ou igual ou inferior a um ano. A função social das penas restritivas de direito é a da substituição das penas privativas de liberdade nos casos de crimes com pequeno poder ofensivo.
Prestação Pecuniária – É o pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes, ou a entidade pública ou privada, de valor não inferior a um salário mínimo vigente, e limitado a trezentos e sessenta salários, valor este que poderá ser abatido de eventual condenação à reparação na área cível.
Perda de Bens e Valores - É a perda de bens e valores dos condenados em favor do Fundo Penitenciário Nacional, fixado no montante do prejuízo causado ou no valor do provento obtido na prática delituosa.
Prestação de Serviços à Comunidade ou a Entidades Públicas - Aplicável em toda condenação superior a seis meses de privação da liberdade. É a atribuição de tarefas a serem executadas de forma gratuita à comunidade ou a entidades públicas, de acordo com as aptidões do condenado, no tempo máximo de uma hora por dia, sem prejuízo da jornada laboral do condenado.
Interdição Temporária de Direitos (Artigo 47) – Proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como do exercício de mandato eletivo, além da possibilidade da suspensão da autorização para dirigir e da proibição de freqüência a determinados lugares. 
Limitações de Finais de Semana (Artigo 48) – Obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por cinco horas diárias em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado, onde poderão ser oferecidos ao condenado cursos, palestras ou atividades educativas.
Da Pena de Multa (Artigos 49 a 52)
Multa (Artigo 49) – Consiste no pagamento de dias-multa ao Fundo Penitenciário, sempre que fixada na sentença condenatória. Seu valor é fixado em, no mimo, dez dias-multa e, no máximo, em trezentos e sessenta dias-multa, valor este que não pode ser inferior a um trigésimo do salário mínimo, nem superior a cinco vezes o salário vigente à época dos fatos. A suspensão da multa ocorre no caso de o condenado vir a sofrer doença mental.
Da Cominação das Penas (Artigos 53 a 58) – A Cominação em Direito Penal está ligada à quantidade  mínima e máxima (ou limite) de cada pena, as quais podem vir expressas no texto de lei, ou aplicadas quando da ocorrência da sentença condenatória. Por exemplo: no caso de fixação de pena inferior a um ano, deve-se aplicar a pena restritiva de direitos em substituição à privativa de liberdade, independentemente de previsão em texto de lei.
Da Aplicação da Pena (Artigos 59 a 76 do CPB)
Fixação da Pena (artigo 59) - No sistema brasileiro, o juiz deve adotar as circunstâncias judiciais - as agravantes e as atenuantes -, bem como as causas de aumento e diminuição da pena. Além disso, a pena deve zelar pela reprovação e prevenção do crime. Na fixação da multa, deve ser respeitada a situação econômica do réu.
Das Agravantes (Artigo 61) – Sempre agravam a pena: a reincidência, o motivo fútil ou torpe e a ocultação; a impunidade ou vantagem de outro crime; a traição, a emboscada e a simulação; o emprego de veneno, fogo, explosivo, ou tortura; os crimes praticados contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge; o abuso de poder; e o crime praticado contra: criança, maior de 60 anos, enfermo ou mulher grávida.
Reincidência (Artigo 63) – considera-se como reincidência, o cometimento de novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro,  tenha condenado o autor por crime anterior.
Das Atenuantes (Artigo 65) – Sempre atenuam a pena: a menoridade do agente na época do fato delituoso, bem como a idade superior a setenta anos na data da sentença; o desconhecimento da lei; o crime cometido por relevante valor social ou moral; a tentativa de evitar ou minorar as conseqüências do ato delituoso; a confissão espontânea; a coação irresistível; o cumprimento de ordem; e a violenta emoção.
Do concurso de Crimes (Artigos 67 a 76 do CPB)
Concurso entre Agravantes e Atenuantes (Artigo 67) – Após a aferição dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência, a pena a ser fixada deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes.
Concurso Material (Artigo 69) – Ocorre quando o autor do delito, por mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não. Nesse caso, as penas são somadas diretamente nos autos do processo, ou quando da execução da sentença nas varas de execução criminal.

Concurso Formal (Artigo 70) - Ocorre quando o autor do delito, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não. Aplica-se, nesse caso, a mais grave das penas cabíveis, ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos.
Crime Continuado (Artigo 71) - Quando o autor do delito, "mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços".
Da Suspensão Condicional da Pena (Artigos 77 a 82) - Suspende-se por dois a quatro anos a pena privativa de liberdade não superior a dois anos, na falta de reincidência em crime doloso, quando a conduta social e a personalidade do agente permitam a concessão do benefício, e quando não for possível a substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos. Se o condenado possuir idade superior a setenta anos e for condenado a pena não superior a quatro anos, poderá ser suspensa a pena por quatro a seis anos.
Do Livramento Condicional (Artigos 83 a 90) – Antecipação provisória da execução da pena, na qual o condenado é posto em liberdade, mediante o cumprimento de obrigações determinadas pelo juiz da Vara de Execuções. É aplicado após cumprimento de parte da pena, mediante a observância de alguns requisitos. Se o Condenado não é reincidente em crime doloso, é necessário ter cumprido mais de um terço da pena. Se reincidente, é necessário ter cumprido mais da metade. São considerados ainda fatores como o bom comportamento durante o cumprimento da pena, e a reparação do dano causado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo. No caso de crime hediondo, é necessário o cumprimento de pelo menos dois terços da pena.
Dos Efeitos da Condenação (Artigo 91) – A condenação gera efeitos sobre a necessidade de se indenizar o dano causado pelo crime, além da perda dos instrumentos e do produto do crime em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé. A condenação também tem como efeitos a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo.
Da Reabilitação (Artigo 93) – Ato que assegura ao condenado o sigilo sobre seu processo e efetiva condenação. A reabilitação pode ser requerida, decorridos dois anos do dia em que foi extinta a pena e sua execução, mediante algumas condições, dentre elas o bom comportamento, o domicílio no País durante o prazo de dois anos e a comprovação de ressarcimento do dano causado pela prática criminosa.
DA AÇÃO PENAL (Artigos 100 a 106 do CPB)
Ação Penal Pública e de Iniciativa Privada (Art. 100) – O ato de punibilidade do Estado inicia-se mediante provocação do Ministério Público, do Ministro da Justiça ou do ofendido. A ação penal pública pode ser condicionada (isto é, depende da manifestação de vontade), ou incondicionada (independe da manifestação de vontade). A ação penal de iniciativa privada efetiva-se mediante queixa-crime proposta pelo próprio ofendido ou por meio de seu procurador ou representante legal. Pode ser propriamente dita ou exclusiva (isto é, de iniciativa da vítima ou de seu representante legal), personalíssima (só pode ser proposta pela vítima), e subsidiária da pública (caso em que a vítima exerce seu direito de oferecer queixa-subsidiária, quando da inércia do Ministério Público).
Ação Penal no Crime Complexo (Artigo 101) - "Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fatos que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele, desde que, em relação a qualquer destes, se deva proceder por iniciativa do Ministério Público."

Irretratabilidade da Representação (Artigo 102) - A representação será irretratável depois de oferecida a denúncia.
Decadência do Direito de Queixa ou de Representação (Artigo 103) - Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de seis meses, contados do dia em que veio a saber da autoria do crime.
Renúncia Expressa ou Tácita do Direito de Queixa (Artigo 104) – Implica renúncia tácita ao direito de queixa a prática de ato incompatível com a vontade de exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de receber o ofendido a indenização do dano causado pelo crime. O direito de queixa não pode ser exercido quando renunciado expressa ou tacitamente.  
Perdão do Ofendido (Artigo 105) - O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante queixa, impede o prosseguimento da ação.
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE (Artigos 107 a 120 do CPB)
Extinção da Punibilidade (Artigo 107) – É direito do Estado punir, ou seja, exercer a punibilidade. A legislação, no entanto, estabelece as situações que impedem o Estado de exercer o poder de punir. Elas estão relacionadas nos incisos do art. 107, e são:
Morte do agente (Artigo 107, inciso I) – A certidão de óbito expedida por cartório competente, quando apresentada ao juiz, extingue a punibilidade em favor do falecido (nesse caso, não vale o atestado de óbito, mas somente a certidão de óbito).
Anistia, graça ou indulto (Artigo 107, inciso II) - A anistia – origina-se em lei que exclui a existência do crime sem extinguir a tipicidade, podendo ser própria (concedida antes da condenação); imprópria (concedida após a condenação); plena e irrestrita (sem limitação dos efeitos de sua extensão); parcial (com limitação dos efeitos de sua extensão); condicionada (impõe condições); e incondicionada (sem a imposição de condições). a graça – é concedida pelo Presidente da República ao indivíduo, não atingindo a coletividade. A Graça extingue a punibilidade, mantendo os efeitos da falta de primariedade. O indulto – é concedido pelo Presidente da República ao coletivo, mantendo os efeitos do crime e extinguindo a punibilidade.
Retroatividade de Lei – (Artigo 107, inciso III) – A criação de lei nova, que deixa de considerar como crime conduta anteriormente considerada delituosa, extingue a punibilidade pela aplicação do princípio do “abolitio criminis”, contido no artigo 2º do CPB (que trata da lei penal no tempo).
Prescrição, decadência e perempção (Artigos 107, inciso IV) – Prescrição – Perda do direito de punir do Estado pela sua demora na condução da Ação Penal. O Artigo 109 do CPB, relaciona os prazos de prescrição das ações penais, levando em consideração a cominação máxima da pena a ser aplicada. A prescrição pode acontecer também após a expedição de sentença condenatória. Decadência - Perda do prazo para o oferecimento de queixa ou denúncia (seis meses a partir do conhecimento da autoria), o que causa a perda do direito de ação por parte do ofendido, extinguindo a punibilidade do autor da infração por inamovibilidade das partes interessadas (ofendido ou Ministério Público). A decadência não atinge o direito de requisição do Ministro da Justiça. Perempção – Exclusiva da ação penal privada, a perempção acontece sempre que, iniciada a ação penal, o querelante (ou autor da queixa-crime), deixar de promover o andamento do processo durante trinta dias seguidos.
Prescrição da pretensão punitiva – Ocorre antes do trânsito em julgado da ação penal. A prescrição propriamente dita tem seu início na consumação do crime, e  término no oferecimento da queixa ou denúncia, podendo estender-se até a sentença. A prescrição superveniente ocorre dentro do prazo de recurso da sentença. Já a prescrição retroativa ocorre dentro do prazo para defesa, mesmo que a sentença já tenha transitado em julgado para a acusação. A prescrição executória ocorre após trânsito em julgado da sentença com a devida extinção da pena e manutenção dos efeitos secundários.
A prescrição da pena de multa ocorrerá em dois anos, quando a multa for a única cominada ou aplicada. São reduzidos à metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor, ou, na data da sentença, maior de setenta  anos. Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do crime, e enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro. O curso da prescrição interrompe-se: pelo recebimento da denúncia ou da queixa; pela pronúncia; pela decisão confirmatória da pronúncia; pela sentença condenatória recorrível; pelo início ou continuação do cumprimento da pena; e pela reincidência. Interrompida a prescrição, todo o prazo começa a correr, novamente, do dia da interrupção.

Renúncia do direito de queixa ou perdão (Artigo 107, inciso V) - Renúncia – Ato pelo qual o ofendido abdica do direito de oferecer queixa. Independe da aceitação do autor do delito, e deve se exercido antes do início da ação penal. Aplica-se à ação penal privada, podendo ser a renúncia expressa ou tácita. Perdão – Antes do trânsito em julgado da ação penal privada, o ofendido pode exercer o perdão sobre o autor do fato delituoso. Efetiva-se por meio de declaração expressa, necessitando do aceite do autor do fato delituoso.
Retratação do agente (Artigo 107, inciso VI) – Nos crimes de calúnia, difamação, falso testemunho e falsa perícia, a punibilidade pode ser extinta mediante o exercício da retratação expressa (apenas nos casos em que a lei permite).
Perdão judicial – (Artigo 107, inciso IX) – Configurado o crime (de lesão corporal culposa – sem intenção), pode o juiz conceder o perdão judicial. O perdão pode ser concedido de ofício pelo juiz, ou em razão de requerimento feito pelas partes.

CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES CONFORME A DOUTRINA PENAL

Crime Comissivo – Prática de crime por meio de uma ação.
Crime Comum – Pode ser praticado por qualquer pessoa.
Crime Exaurido – Consumado o crime, este ainda se aperfeiçoa (art. 159).
Crime Falho – Todos os atos para consecução de um resultado são praticados, mas o crime não se consuma.
Crime de Ação Múltipla – O texto de lei traz a conjunção “ou”, descrevendo uma ou mais condutas, consumando o crime com qualquer uma das condutas relacionadas (art. 122).
Crime de Dano – Todos os crimes que lesionam um bem jurídico tutelado (arts. 121 e 155).
Crime de Mão Própria – Não admite co-autor, e é praticado por pessoa determinada (art 342).
Crime de Mera Conduta – Existe previsão legal de apenas uma conduta para sua ocorrência (art. 150).
Crime de Perigo Abstrato - A conduta do autor leva à presunção do perigo a que foi exposto o bem jurídico tutelado (art. 137).
Crime de Perigo Comum – expõe a perigo um número indeterminado de pessoas (arts. 250 a 259).
Crime de Perigo Concreto – Não existe presunção, pois é necessária a comprovação de que o perigo ocorreu (art. 132).
Crime de Perigo Individual – Crime que põe em perigo um grupo limitado ou um só indivíduo (arts. 130 a 137).
Crime Formal – Crime que se consuma com a simples prática da ação, mesmo estando descrito em lei o seu resultado (art. 159).

Crime Habitual – Crime de conduta habitual ou reiterada (art. 228)
Crime instantâneo – Não possui continuidade, e ocorre no instante de sua prática.
Crime Instantâneo e Permanente – Não possui continuidade, mas não existe a possibilidade de reversão de seus efeitos (art. 121).
Crime Material – A lei descreve a ação e seu resultado, exigindo-o, para sua ocorrência (art. 171).
Crime Plurilocal – Sua execução começa em determinado local e se consuma em outro.
Crime Próprio – O sujeito ativo deve possuir características definidas em lei, podendo ser praticado por determinada categoria de pessoas.
Crime Simples – Atentado contra um bem jurídico único.
Crime Omissivo – Prática de crime mediante uma omissão.
Crime Privilegiado – A legislação prevê determinado benefício na aplicação da pena, quando o crime é praticado de forma menos danosa (art. 121, parágrafo 1º).
Crime Progressivo – Na consumação de um crime grave, o sujeito pratica um menos grave.

Crime Qualificado – Acréscimos aplicados à pena, nos atos tipificados com qualificadoras (art. 121, parágrafo 4º).
Crime Omissivo Próprio – Concretiza-se na omissão, independentemente do resultado (art.135).
Crime Omissivo Impróprio – Omissão cujo resultado deveria ter sido evitado pelo autor do delito.
Crime Permanente – Praticado o crime, este gera um prolongamento de seus efeitos (art. 148).
Crime Vago – É quando o crime é cometido contra sujeito passivo sem personalidade jurídica (sociedade e família).





 

                         


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